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Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2007

Emigrantes de Ontem e de Hoje

Transcrevo texto opinião do blog que habitualmente visito RESISTIR Um texto que nos faz parar e reflectir . --------------------------------------------------------------- A Região mais triste de Portugal (linguagem pouco cuidada) Sónia, que nasceu em 1977, é muito doente. Com o marido e os filhos emigraram ilegalmente para o Canadá em 2000 ou 2001. Em busca do sonho. Do sonho de quase tudo. Pobres, filhos de pobres deixaram os Açores para fugir a uma miséria que as autoridades regionais vergonhosamente ignoram e a sociedade civil finge ser conversa de académicos ou estatísticas de gente que não concorda com a mediocridade do governo açoriano. A miséria destes açorianos honrados não é diferente da miséria de muitos outros. Miséria absoluta, quero dizer, envergonhada, com a falta de oportunidades, que respira e se alimenta à sombra da inevitabilidade do velho destino açoriano das classes sociais, favores e temores a Deus. Miséria, digo ainda, que se auto-sustenta de gera

JOSÉ ANDRADE " Estrada da Vida "

E no silêncio da noite Se perdem as passadas Largas e pesadas E fortes... mas inseguras. O relógio Em contratempo Marca o Tempo. Um tempo que passa A cada passo E que não volta nunca. Talvez por isso se ouvem ainda Passadas na estrada. Nesta curta estrada A percorrer Sem correr Mas a crer Que cada passo que nela passa Passará para a Eternidade ! José Andrade S.Miguel - Açores Do livro " SEMENTE "

SIDÓNIO BETTENCOURT " Confidência "

Nunca tive pátria, outro rio, outra casa, outra rua, nunca tive outra terra, outro mar, outra mãe, outra mulher, nunca tive Outra coisa qualquer ... Sidónio Bettencourt Do Livro " Deserto de Todas as Chuvas "

Poema de " Bruno Valter Garcia Ferreira "

Quis Deus que ao sol nascente te voltasses E do cimo dos cumes tão altivos Do mar, em forte abraço, ali tombasses Preso de meigos beijos e cativos; E que de verde parra te adornasses E fossem tantos mais os teus motivos, Que gigantesco teatro aparentasses Quer a estranhos, quer a teus nativos. S.Lourenço - ó minha linda baía - Nas luarentas noites de estio, Tudo e todos envolves em magia. Sobem no ar cantigas de alegria; Cantam cagarros em estranho cio Mas tudo tem um quê de nostalgia ! Poema do Dr. Bruno Ferreira Um Mariense ,residente da ilha Terceira- Açores Do Livro de ADRIANO FERREIRA " As Musas da Minha Terra "

SIDÓNIO BETTENCOURT " Reencontros "

Não sei se te encontrarás algum dia e se me vires não digas palavra. Saberei dizer-te no olhar o que me escondeste dos olhos e da voz calada sentirás o poema da partida. Se disseres chegada guardarei nas mãos todo o tempo de dar. Esperei todos os dias pela claridade, mas amanhã de manhã não voltou. E a noite se fez dia e madrugada outra melodia e eu sem nada. Sidónio Bettencourt ilha do Pico - Açores Do livro " Deserto de Todas as Chuvas "

JOSE ANDRADE poema " Ivone "

Na vida de um homem há sempre uma mulher Tu és o sonho real Que sonhei sonhar Numa infinita realidade. És pensamento que penso Ao pensar na vida que vivo E que vou viver. Tu és aquilo que sou E que nunca antes havia sido. És o futuro presente Que justifica o passado meu Tu és simplesmente tudo Neste mundo que é teu. Set/83 JOSÉ ANDRADE S.Miguel - Açores Do livro " Semente "

TITO MAGALHÃES , Ilha de S. Maria - Poema " Manuscrito "

... E Deus criou o homem Senhor de todos os gestos Houve murmúrio de dedos Requiem para um Paraíso E abrimos as mãos em flor Qual sinfonia oponível Eram pétalas d'espanto Sobre o jardim Natureza E assim aprendemos A conter os desejos Na carícia de um fruto E a sentir os prazeres Do redondo vocábulo Que primeiro gritámos Que depois gememos E por fim dissemos Vezes sem conta Até que o cantámos Em louvor do milagre Que então surgiu... E quisemos gravá-lo Como um pensamento Que a pedra guardasse E nessa memória De riscos cravados Na mais dura terra Irrompe o poema De uma linguagem Já com sentimento Poema de Tito Magalhães - Ilha de S. Maria - Açores Do livro de ADRIANO FERREIRA " As Musas da Minha Terra "