Pelas beiras dos caminhos Sabe Deus quantos velhinhos Andarão neste Natal, Sem que o mundo à sua frente Lhes prometa que o presente Não será sempre o normal. Quando o hoje é semelhante Ao passado, já distante, Como o ontem foi igual, O futuro não existe Num presente, que é tão triste, Sem prever melhor final. O saber de muitos povos Determina que os mais novos Reconheçam no idoso, Na velhice, ter direito A viver com mais respeito E uns anos de repouso. Mas serão tão atrasados Esses povos, apontados Como gente mais selvagem?... Ou será que o ocidente, Se tornou tão indif'rente, Que resusa aprendizagem? ... VITOR CINTRA " Relances "
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