ILHA DE SANTA MARIA
Quem pode partir, um dia,
Sem nunca mais te lembrar ?!...
Ó minha Santa Maria,
Quem te pudesse abraçar !
Tenho saudades de ti,
Dos teus vales, dos teus montes ...
Foi por ti que me perdi,
Ouvindo o canto das fontes ...
... E dos grilos, ao luar,
Nas noites quentes de estio,
Da brisa que vem do mar,
No Inverno , cinzento e frio.
Se, na tua soledade,
Te debruças sobre o mar,
Mais cresce em mim a saudade
De te ver e te abraçar ! ...
Ó minha Santa Maria,
Ilha tão abandonada ...
Rainha fizeram-te um dia ...
Hoje, escrava, não tens nada ! ...
Onde estão as velas brancas
Dos teus moinhos de vento,
Que a brisa punha a girar,
Em constante movimento ?
E o moleiro já cansado,
Subindo a colina, tinha
No velho rosto, enrugado,
Sulcos fundos de farinha ! ...
E na tarde, quando o sino
Dobrava, ao longe, Trindades,
Marcava no meu destino,
Um destino de saudades ! ...
Tuas santas tradições,
Em Maio, mês de Maria,
No Terço e nas orações
Que, nas aldeias. de dia,
O povo ia rezando
Mesmo ao sair das igrejas,
Para casa, caminhando ...
Bendita, bendita sejas,
Santa Maria, ilha Santa ...
Que tudo e tudo aceitas,
Mesmo de esperanças perdidas ...
Mesmo de esperanças desfeitas ! ...
Ilha de Santa Maria !
Ó minha terra adoptiva !
Nunca mais te esquecerei,
Por muito e muito que viva.
. . . . . . . . . . . . . . .
Quem pode partir, um dia,
Sem nunca mais te lembrar ?
Ó minha Santa Maria,
Quem te pudesse abraçar ! ...
JOSÉ MARIA LOPES DE ARAÚJO do livro " Remos Partidos " 1983
Quem pode partir, um dia,
Sem nunca mais te lembrar ?!...
Ó minha Santa Maria,
Quem te pudesse abraçar !
Tenho saudades de ti,
Dos teus vales, dos teus montes ...
Foi por ti que me perdi,
Ouvindo o canto das fontes ...
... E dos grilos, ao luar,
Nas noites quentes de estio,
Da brisa que vem do mar,
No Inverno , cinzento e frio.
Se, na tua soledade,
Te debruças sobre o mar,
Mais cresce em mim a saudade
De te ver e te abraçar ! ...
Ó minha Santa Maria,
Ilha tão abandonada ...
Rainha fizeram-te um dia ...
Hoje, escrava, não tens nada ! ...
Onde estão as velas brancas
Dos teus moinhos de vento,
Que a brisa punha a girar,
Em constante movimento ?
E o moleiro já cansado,
Subindo a colina, tinha
No velho rosto, enrugado,
Sulcos fundos de farinha ! ...
E na tarde, quando o sino
Dobrava, ao longe, Trindades,
Marcava no meu destino,
Um destino de saudades ! ...
Tuas santas tradições,
Em Maio, mês de Maria,
No Terço e nas orações
Que, nas aldeias. de dia,
O povo ia rezando
Mesmo ao sair das igrejas,
Para casa, caminhando ...
Bendita, bendita sejas,
Santa Maria, ilha Santa ...
Que tudo e tudo aceitas,
Mesmo de esperanças perdidas ...
Mesmo de esperanças desfeitas ! ...
Ilha de Santa Maria !
Ó minha terra adoptiva !
Nunca mais te esquecerei,
Por muito e muito que viva.
. . . . . . . . . . . . . . .
Quem pode partir, um dia,
Sem nunca mais te lembrar ?
Ó minha Santa Maria,
Quem te pudesse abraçar ! ...
JOSÉ MARIA LOPES DE ARAÚJO do livro " Remos Partidos " 1983
As nossas origens , a nossa terra vivem para sempre no nosso coração. Tornam-se no nosso refúgio nos momentos menos bons porque têm sempre recordações felizes para nos preencher a alma . Um beijo Mónica (mco.blogs.sapo.pt)
ResponderEliminarOlá…eu sou a Joaninha voa voa e parei aqui, trilhei, olhei, apreciei, senti, e gostei…:) …deixo aqui um pensamento para hoje…"Há corações que param no passado; e para que isto não aconteça com você deixo-lhe este pequeno lembrete, para que o seu coração, ao mover-se no futuro, encontre sempre algo no presente."… VE-SE PELA FOTO K É UMA BONITA TERRA...É SEMPRE BOM RELEMBRAR AS ORIGENS...GOSTEI DE LER O POEMA... Uma óptima semana é o que eu te desejo e tb a todos os visitantes, ;) beijos e abraços**
ResponderEliminarGostei imenso deste poema e do autor que não conhecia. Obrigada pela partilha. Parabéns pelo novo visual.
ResponderEliminarBeijinho
Quem conhece Sta Maria, ao ler este poema, não pode deixar de sentir vontade de voltar. Quem não conhece, certamente sentirá, depois de o ler, desejo de conhecer.
ResponderEliminarA fotografia que escolheste ajuda a perceber isso.
Um abraço
João Vítor
A tua Ilha
ResponderEliminarSanta Maria, nome da Virgem,
Maria, nome próprio de Mulher
E cada ser tem a sua origem:
O lugar que não deve esquecer.
Santa Maria, a primeira ilha,
É louvada em tão bom poema,
Tu com o teu coração de filha,
Tão bem o divulgas em rico tema.
Cada ilha envolta no seu manto
Em tom de arco-iris bordado
Até com desígnio de santo.
Ilhas formosas, sonhos d'encanto
com o salgado mar de braço dado
É neste tom que aqui te canto:
Avé Maria! Avé Maria!
Azoriana (Rosa Silva)