SONETO INSUSTENTÁVEL (Anoiteço entre os tambores da grande noite mágica embalado por mil temores enquanto à luz da lua trágica os mortos libertam seus odores, os anjos morrem em África.) Um soneto insustentável: eu ao contrário em cada verso, eu, recordação indelével, perdido numa picada sem regresso. Todo o passado é maleável e a memória purga seu excesso mas de mim, criança instável, lembro a dor, o fundo abcesso. Paulo Ramalho, "Exorcismo dos Anjos" Foto: Guiné-Bissau, Julho de 1974
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