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Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2004

José Maria Lopes de Araújo - Poema " Remos Partidos "

Na crista das ondas, voguei Na barca da minha vida... Tinha largos horizontes, Mesmo de esperança perdida.... Depois, a brisa soprava.... E a barca, lenta, seguia.... Vagarosa navegava, E incerta, lá ia, lá ia, E nas ondas balançava... Mesmo de remos partidos, Ao sabor do mar corria... E assim, lá foi seguindo, E os anos foram passando.... Noites de luar sorrindo, Noites de Inverno chorando!... E a barca da vida lá ia, Lentamente navegando... Quebrado o leme, rota a vela, Remos partidos.....lá ia ela, Baloiçando, baloiçando, Levando a minha alegria! Vida sem norte e sem rumo! Sem forças para navegar, Trago meus remos partidos, Ando à deriva no mar, Num mar de sonhos perdidos Que jamais pude encontrar!... Trago meus remos partidos, E mais não posso avançar. E por isso ando cantando, Com vontade de chorar! Remos partidos São meus poemas.... Poemas caídos, Na crista das vagas, Vogando sozinhos, Perdidos no mar!....

Bluebird - Esta noite

Esta noite Vou ser pássaro, Vou voar Todo teu corpo, Minhas asas são de aço Tua pele de ferro e fogo Por isso vê ( que pena só ser em sonhos) Esta noite vou ser vento… E pousar no teu cabelo Vou ser mais que o pensamento Tu a força ,só segredo (Seras sempre o meu mais lindo sonho) Bluebird 2001.02.01

JOSÉ MARIA LOPES DE ARAÚJO - Poema " Desalento"

DESALENTO Deixem-me caminhar, sem rumo certo, E sem o norte que eu, em vão, busquei!... Deixem-me só, que só, vivo mais perto Do Bem que loucamente abandonei! Não quero ouvir lamentos. Meu deserto De mágoa e de tormento eu o criei... Ergui barreiras, em caminho aberto, E o próprio chão, que percorri, manchei.... Que importa seja a dor do meu arrimo, Se, só com ela, atingirei o cimo Do Gólgota que Deus me destinou! Não me condenem! Deixem-me viver, Entregue à minha mágoa, ao meu sofrer, Que eu vivo bem assim, tal como sou!....

Fernando Monteiro da Câmara Pereira - Poema " Á Mulher de Branco "

Á MULHER DE BRANCO Mulher – sonho de casaco branco… que passas veloz, altiva no ecran da minha vida o teu corpo, a tua imagem restam sempre em mim presente! Mulher-desejo de casaco branco… que fazes brotar de amor p’lo tempo do além fora como em tempo o sol nascente me fez nascer outrora! Mulher – distante de casaco branco… que passas em sonho, triste no meu corpo todo ardente não fujas tão de repente da minha alma sempre só! Mulher-fumo de casaco branco… pára em mim toda a nascente seja longo o teu percurso faz brotar o teu amor no delta do meu poente! Mulher – nada De casaco branco… Que rasgas o meu horizonte Sem de mim ter feito eco Não fujas Lá para o distante Não deixes meu ser ausente… Oh instante angustiado Ficarei sozinho na dor Por te ter querido amar Em meu longo sonho distante! Ficarei sozinho na dor Em sonho, desejo e fumo… Mar.81