INQUIETUDE
Que julgas tu? Que pensas de ti mesmo,
Se és átomo que segue para o nada?
A vida é esta triste caminhada
Que fazemos, em vão, sem norte, a esmo!
Que pensas tu da vida, se o amanhã
É tão incerto, como o próprio vento?
Surja embora a ventura, num momento,
Se apaga como a estrela da manhã!
Tão pouco vale o mundo de paixões
Que se geram de loucas fantasias...
Tudo se esfuma e esvai, nos breves dias,
A que se prendem nossas ilusões!
Abre os teus braços, abre, e beija e abraça
Os pobres que encontrares no caminho,
Que ficarão mais ricos de carinho,
Mais cheios de ventura, Amor e Graça!....
Vamos lutando pela vida fora...
Abre os teus braços, abre e vem comigo,
Fazer de cada Ser um novo amigo
E dar a cada norte nova aurora.
Estende as tuas mãos aos que, a teu lado
Caminham, sem destino e sem esperança...
Que o desespero, quanto mais avança,
Mais agiganta a mágoa do passado!
A vida é isto apenas. Tudo o mais
Não passará de sonhos, de ilusões...
Olha o terror, no ferro das prisões...
Olha a amargura e a dor nos hospitais!
E aquele que ali vai, braços em cruz,
Sobre o peito, deitado num caixão,
Também sentiu vibrar o coração,
Por tantas podridões! Jesus, Jesus,
Se a vida que nos deste tem por fim
Ser vivida com a mística beleza,
Por que razão a vestes de tristeza?
Porque nos deixas Tu viver assim?...
José Maria Lopes de Araújo do livro “ Remos Partidos “
Que julgas tu? Que pensas de ti mesmo,
Se és átomo que segue para o nada?
A vida é esta triste caminhada
Que fazemos, em vão, sem norte, a esmo!
Que pensas tu da vida, se o amanhã
É tão incerto, como o próprio vento?
Surja embora a ventura, num momento,
Se apaga como a estrela da manhã!
Tão pouco vale o mundo de paixões
Que se geram de loucas fantasias...
Tudo se esfuma e esvai, nos breves dias,
A que se prendem nossas ilusões!
Abre os teus braços, abre, e beija e abraça
Os pobres que encontrares no caminho,
Que ficarão mais ricos de carinho,
Mais cheios de ventura, Amor e Graça!....
Vamos lutando pela vida fora...
Abre os teus braços, abre e vem comigo,
Fazer de cada Ser um novo amigo
E dar a cada norte nova aurora.
Estende as tuas mãos aos que, a teu lado
Caminham, sem destino e sem esperança...
Que o desespero, quanto mais avança,
Mais agiganta a mágoa do passado!
A vida é isto apenas. Tudo o mais
Não passará de sonhos, de ilusões...
Olha o terror, no ferro das prisões...
Olha a amargura e a dor nos hospitais!
E aquele que ali vai, braços em cruz,
Sobre o peito, deitado num caixão,
Também sentiu vibrar o coração,
Por tantas podridões! Jesus, Jesus,
Se a vida que nos deste tem por fim
Ser vivida com a mística beleza,
Por que razão a vestes de tristeza?
Porque nos deixas Tu viver assim?...
José Maria Lopes de Araújo do livro “ Remos Partidos “
patinhas
ResponderEliminarsimplesmente BELO
ResponderEliminarMAIS PALAVRAS PARA QUÊ ?
PS- posso voltar?