"Ainda sinto os pés no terreiro,
Que os meus avós bailavam o pézinho
É que nas veias corre-me basalto negro
E na lembrança vulcões e terramotos.
Por isso é que sou das ilhas de bruma,
Onde as gaivotas vão beijar a terra
Se no falar trago a dolência das ondas
O olhar é a doçura das lagoas
É que trago a ternura das hortênsias
E no coração a ardência das caldeiras.
Por isso é que sou das ilhas de bruma,
Onde as gaivotas vão beijar a terra
Trago o roxo a saudade esta amargura
E só o vento me ecoa na lonjura
Mas trago o mar imenso no meu peito
E tanto verde a indicar-me a esperança.
Por isso é que eu sou das ilhas de bruma,
Onde as gaivotas vão beijar a terra
É que nas veias corre-me basalto negro
No coração a ardência das caldeiras.
O mar imenso me enche a alma,
E tenho verde, tanto verde a indicar-me a esperança.
Por isso é que sou das ilhas de bruma
Onde as gaivotas vão beijar a terra"
JOSÉ FERREIRA
"Alguém está aqui a traduzir-me a minh'alma"(imaginei ao ler o poema).
ResponderEliminarSalve, salve, poeta!
Parabéns pelos belos versos.
Abraços do Brasil.
That makes complete sense!It sounds like a great book. Thanks for sharing.
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