À MULHER DESTRUÍDA ...
Em cada mulher destruída
há um universo a nascer ...
Tu
Que recebes resignada
em silêncio
e aceitas
toda a ignomínia excretada
desta urbe iluminada
que te procura
na esquina
da vida errante ...
para te possuir
da noite ... à madrugada!
Tu
Que transformas as trevas
em vil clarão boreal
todo o Eros
que te envolve
e que cobres
frustrada
a frustração sensual
do ego que renasce
na escuridão
da noite longa
da tua alma
violada
Tu
Que deslizas velozmente
sem norte
e bamboleias
tens em ti mesma
gerada
- Em gestação constante
a força da criação
o gene virgem -
instante
que destruirá
para sempre
a tua sorte
danada
Tu
Ó universo vaginal
que pariste
para criar vida
porque te afundas
perdida ...
para prazer
do homem solto.
Tu
Ó ente - matriz, ó mãe
ó sentidos, ó corpo, ó noite,
ó prazer, ó morte instante
dos Outros
que te procuram
- servo cio -
porque não voas
mais alto
da terra verme
Liberta-te
desse mundo envolvente
Liberta
O mundo da noite
escreve nas tuas
brancas asas
o amor de toda a gente
...e voa até ao Nascente !!
Fernando Monteiro
Março/81
Em cada mulher destruída
há um universo a nascer ...
Tu
Que recebes resignada
em silêncio
e aceitas
toda a ignomínia excretada
desta urbe iluminada
que te procura
na esquina
da vida errante ...
para te possuir
da noite ... à madrugada!
Tu
Que transformas as trevas
em vil clarão boreal
todo o Eros
que te envolve
e que cobres
frustrada
a frustração sensual
do ego que renasce
na escuridão
da noite longa
da tua alma
violada
Tu
Que deslizas velozmente
sem norte
e bamboleias
tens em ti mesma
gerada
- Em gestação constante
a força da criação
o gene virgem -
instante
que destruirá
para sempre
a tua sorte
danada
Tu
Ó universo vaginal
que pariste
para criar vida
porque te afundas
perdida ...
para prazer
do homem solto.
Tu
Ó ente - matriz, ó mãe
ó sentidos, ó corpo, ó noite,
ó prazer, ó morte instante
dos Outros
que te procuram
- servo cio -
porque não voas
mais alto
da terra verme
Liberta-te
desse mundo envolvente
Liberta
O mundo da noite
escreve nas tuas
brancas asas
o amor de toda a gente
...e voa até ao Nascente !!
Fernando Monteiro
Março/81
belas palavras que eu encontro aqui :) passei para desejar uma optima semana!! bjux
ResponderEliminarNossa que profundo... Fez-me pensar.
ResponderEliminarteu blog é lindo, o template é amravilhoso, parabéns. Voltarei mais vezes
mais um grande Poeta que aqui nos apresentas!
ResponderEliminarObrigado :)
beijinho
Valeu ter "entrado" sem pedir licença. Li poemas maravilhosos que desconhecia. Obrigada por teres partilhado. Um dia maravilhoso .
ResponderEliminarDoceRebelde.blogs.sapo.pt
bonito:)
ResponderEliminarashistorias.blogspot.com
ospensamentos.blogspot.com
Apesar de triste... o tema.
ResponderEliminarGostei de ler o concreto
Está puro e objectivo, limpído.
Uma busca da razão e do sentir...
Da vendedora de sonhos... da madrugada.
Obrigada
Bjinhos
Olá Fernando Monteiro, por acaso vi suas bonitas poesias... sou neta de Jacinto Estevão Monteiro da Câmara Pereira.... O que ele era seu?
ResponderEliminarFiquei emocionada...
Abs...
Cláudia
Olá Claudia
ResponderEliminarFernando Monteiro da Cãmara pereira não sou eu, era um poeta que nasceu na minha ilha, Santa Maria nos Açores.
Tens o sobrenome duma grande familia da minha ilha, familia de poetas, escritores. Tens algum parentesco com essa familia?
Não deixaste endereço, dai só responder aqui.
Beijo
Isabel
Ola Cláudia vi há pouco um comentário seu sobre o poeta mariense Fernando Monteiro. Fernando Monteiro infelizmente ja faleceu era filho de Armando Monteiro da Câmara Perira irmao de Jacinto Estevão Monteiro da Câmara Pereira que emigrou para o Brasil com seu pai António Xavier da Câmara Pereira, eu sou neta de uma irmã de Armando e Jacinto Estevão de nome Maria Ângela Monteiro da Câmara Pereira.
ResponderEliminarTeresa
Anonimo Disse:
ResponderEliminarEsse poeta de que fala tinha outros tios e tias irmaos do sue pai Armando Monteiro da Camara pereira.Um irmao nao emigrou e ficou em Santa Maria e o seu nome era Jaime Monteiro da Camara Pereira.A irama Angela tambem ficou em Santa Maria.O irmao Jacinto emigrou com o pai e irmas Inez,Aida e Sara para o Rio de Janeiros onde tem descendentes.
Olá,fico muito feliz por ver homenagem tão linda a tão grande homem.
ResponderEliminarEle é-me muito especial, apesar de não ter lembranças, infelizmente como ja referiram ele faleceu, era eu muito pequenina. Sou Bruna Almeida Monteiro da Câmara Pereira, filha.
Fiquei muito emocionada ao ler esses poemas.
Obrigada!
Bjinhos
E outra irma Urania tambem emigrou com os irmaos e pai para o Rio de Janeiro.
ResponderEliminarOS INFORMES POSTADOS ACIMA NECESSITAM SER ESCLARECIDOS NUNCA É TARDE PARA SE CORRIGIR O PASSADO:
ResponderEliminarSOU CARLOS ALBERTO MAURI MONTEIRO FILHO DE JACINTO ESTEVÂO MONTEIRO DA CÂMARA PEREIRA (1910/1980) E ELIZABETH MAURI PEREIRA (1920/2010)- CLAUDIA QUE EFETUOU A PERGUNTA SOBRE O GRAU DE PARENTESCO DE FERNANDO MONTEIRO DA CÂMARA É MINHA SOBRINHA FILHA DE LUIZ ANTONIO MAURI MONTEIRO.
TEREZA EM 05 Janeiro, 2008 20:42 - A QUE MEU AVÔ ANTONIO XAVIER DA CÂMARA PEREIRA EMIGROU PARA O BRASIL. MEU PAI JACINTO APÓS SOLICITAR EMANCIPAÇÃO VEIO PARA O BRASIL/RIO DE JANEIRO, TRAZENDO SUAS IRMÃS INÊS, URÂNIA, AIDA E SARA EMBARCARAM NO NAVIO SIERRA MORENA ,
meu email :cm.monteiro@uol.com.br
ResponderEliminarmeu face book : carlos monteiro
Na altura, enviámos email para o endereço acima, mas não tivemos resposta.
EliminarNo FB tenho dificuldade em reconhecê-lo, são vários. O nosso é Mario Martins, nascido em 1947. Abraço, Teresa e Mário.