
... E Deus criou o homem
Senhor de todos os gestos
Houve murmúrio de dedos
Requiem para um Paraíso
E abrimos as mãos em flor
Qual sinfonia oponível
Eram pétalas d'espanto
Sobre o jardim Natureza
E assim aprendemos
A conter os desejos
Na carícia de um fruto
E a sentir os prazeres
Do redondo vocábulo
Que primeiro gritámos
Que depois gememos
E por fim dissemos
Vezes sem conta
Até que o cantámos
Em louvor do milagre
Que então surgiu...
E quisemos gravá-lo
Como um pensamento
Que a pedra guardasse
E nessa memória
De riscos cravados
Na mais dura terra
Irrompe o poema
De uma linguagem
Já com sentimento
Poema de Tito Magalhães- Ilha de S. Maria - Açores
Do livro de ADRIANO FERREIRA " As Musas da Minha Terra "
Um poema muito bonito e com grande complexidade.
ResponderEliminarSobre ele haveria 'milhentas' coisas a dizer. Mas fico por aqui.
Felicidades.
E tudo de bom por aí.
Manuel