Eu vi passar o tempo, sempre á 'spera
Que a sorte bafejasse o meu país
E que, vencido o medo de Quimera,
Fortuna fosse mais do que se diz.
Eu vi passar os anos de revolta,
Por todas as partidas de Destino,
Sabendo de há um tempo, que não volta,
No Fado, que abracei desde menino.
Que a sorte bafejasse o meu país
E que, vencido o medo de Quimera,
Fortuna fosse mais do que se diz.
Eu vi passar os anos de revolta,
Por todas as partidas de Destino,
Sabendo de há um tempo, que não volta,
No Fado, que abracei desde menino.
Eu vi as muitas Moiras, que se cruzam
No palco desta terra lusitana,
Querendo proteger a massa humana;
Mas vi, também, as Parcas, que nos usam,
Tentando demonstrar que é errado
Um povo destemido ser honrado.
Vitor Cintra
Do livro " Ao Acaso "
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