SONETO DO AMOR TOTAL
Amo-te tanto, meu amor... não cante,
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante,
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade,
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude,
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente,
Hei de morrer de amar mais do que pude
Vinicius de Moraes
Um soneto bonito, muito bonito.
ResponderEliminarÉ claro que tudo não passa de poesia. O amor não é nada do que está ali citado. Ninguém morre de amor, e as mortes que daí poderão advir, será sempre outros motivos, por vezes até provocar o parceiro, sobrevivo.
Fica bem.
E a felicidade por aí.
Manuel
Melhor que ler o soneto é ouvi-lo tão lindamente declamado...
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