
A dor não me pertence.
Vive fora de mim, na natureza,
livre como a electricidade.
Carrega os céus de sombra,
entra nas plantas,
desfaz as flores...
Corre nas veias do ar,
atrai nos abismos,
curva os pinheiros...
E em certos momentos de penumbra
iguala-me à paisagem,
surge nos meus olhos
presa a um pássaro a morrer
no céu indiferente.
Mas não choro. Não vale a pena!
A dor não é humana.
José Gomes Ferreira
No meu mundo desaba uma tempestade...
ResponderEliminarInclementes, as vagas açoitam as rochas,
Levanta-se um vendaval e a areia rodopia,
Procuro um refúgio onde encontre a guarida
Que o meu corpo e a minha mente reclamam.
Experimento a dureza do coração humano,
Um cepticismo avassala a minha alma.
A tristeza e melancolia povoam os meus ideais,
Procuro olvidar a ingratidão dos homens
E esquecer a incompreensão do mundo...
As minhas lágrimas caem, serenas, pela face.
Quentes e solitárias... São lágrimas apenas...
Lágrimas de um desalento que invade a alma,
Que procuro iludir com promessas falazes,
Na dinâmica da vida, na esperança de um sonho.
Os raios do sol começam a aclarar o horizonte,
Removendo do caminho as nuvens mais teimosas,
Exaltando a beleza e a tranquilidade do novo dia.
Amanhece... Testemunho o encanto do mundo.
Sufoco o pranto... São lágrimas apenas...
Um beijo
Belo... este poema é uma joia, gostei... um abraço...
ResponderEliminarBelo poema este...
ResponderEliminarMeu doce beijo