Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
António Gedeão
Um poema com um conteúdo que nos obriga a meditar.
ResponderEliminarDesejo que fiques bem.
Felicidades.
Manuel
É lindo este poema! Já o coloquei no meu blog.
ResponderEliminarMuito belo! Ele é capaz de transmitir a emoção sendo realista, sem tirar os pés do chão...
ResponderEliminarParabéns pelo lindo blog, o template é muito bonito!