Quanta mulher no teu passado, quanta!
Tanta sombra em redor! Mas que me importa?
Se delas veio o sonho que conforta,
A sua vinda foi três vezes santa!
Erva do chão que a mão de Deus levanta,
Folhas murchas de rojo à tua porta...
Quando eu for uma pobre coisa morta,
Quanta mulher ainda! Quanta! Quanta!
Mas eu sou a manhã: apago estrelas!
Hás-de ver-me, beijar-me em todas elas,
Masmo na boca da que for mais linda!
E quando a derradeira, enfim, vier,
Nesse corpo vibrante de mulher
Será o meu que hás-de encontrar ainda ...
FLORBELA ESPANCA
Florbela é sempre um prazer e, simultaneamente, um delirar de sentimentos.
ResponderEliminarAgora que a minha correria se aproxima do termo, espero poder voltar a frequentar este teu cantinho e a deliciar-me com as tuas escolhas.
Um abraço