
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Luís de Camões
Lindo poema de Camões... realmente fazem estremecer nosso intimo, cheios de sentimento e pesar!!!
ResponderEliminarPassando p/ desejar um dia abençoado e um Natal de imensa alegria e paz, grande abraço amigo!!!
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ResponderEliminarEste é talvez um dos mais conhecidos sonetos de Camões, mas certamente um dos mais belos.
Bom Natal.
Um abraço
Que o Natal seja um tempo de paz, de esperança e amor.
ResponderEliminarQue 2009 seja o prolongamento desse tempo de Natal, para que a paz perdure, a esperança encha os nossos horizontes e o amor acalente cada coração.
Boas Festas!