DESPERTA, AMOR
São teus meus versos, versos que escrevi,
À luz da Lua, em noites estivais,
A reviver as horas que vivi …
Sonhos de amor que não voltaram mais.
Rolaram meses, anos, na voragem
Do tempo que já tudo destroçou …
Somente, emoldurada, a tua imagem,
Dentro em minha alma, estática, ficou!
Por que não vens, mulher, por que não vens
Dizer-me que me queres tanto, enfim,
Como então me querias, se ainda tens
O coração a palpitar por mim?
Por que motivo tentas esconder,
No olhar furtivo, o amor que te atormenta?
Não turves a alegria de viver,
Que, assim, da própria vida se afugenta?
E dá-me as tuas mãos, as mãos que, um dia,
Afagaram meu rosto, ternamente …
Desperta, amor, que a vida é agonia
Dos céleres minutos do presente! …
José Maria Lopes de Araújo
do livro
REMOS PARTIDOS
São teus meus versos, versos que escrevi,
À luz da Lua, em noites estivais,
A reviver as horas que vivi …
Sonhos de amor que não voltaram mais.
Rolaram meses, anos, na voragem
Do tempo que já tudo destroçou …
Somente, emoldurada, a tua imagem,
Dentro em minha alma, estática, ficou!
Por que não vens, mulher, por que não vens
Dizer-me que me queres tanto, enfim,
Como então me querias, se ainda tens
O coração a palpitar por mim?
Por que motivo tentas esconder,
No olhar furtivo, o amor que te atormenta?
Não turves a alegria de viver,
Que, assim, da própria vida se afugenta?
E dá-me as tuas mãos, as mãos que, um dia,
Afagaram meu rosto, ternamente …
Desperta, amor, que a vida é agonia
Dos céleres minutos do presente! …
José Maria Lopes de Araújo
do livro
REMOS PARTIDOS
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