Foi um momento
O em que pousaste
Sobre o meu braço,
Num movimento
Mais de cansaço
Que pensamento,
A tua mão
E a retiraste.
Senti ou não ?
Não sei. Mas lembro
E sinto ainda
Qualquer memória
Fixa e corpórea
Onde pousaste
A mão que teve
Qualquer sentido
Incompreendido.
Mas tão de leve!...
Tudo isto é nada,
Mas numa estrada
Como é a vida
Há muita coisa
Incompreendida...
Incompreendida...
Sei eu se quando
A tua mão
Senti pousando
‘Sobre o meu braço,
E um pouco, um pouco,
No coração,
Não houve um ritmo
Novo no espaço?
Como se tu,
Sem o querer,
Em mim tocasses
Para dizer
Qualquer mistério,
Súbito e etéreo,
Que nem soubesses
Que tinha ser.
Assim a brisa
Nos ramos diz
Sem o saber
Uma imprecisa
Coisa feliz.
FERNANDO PESSOA
Isabel,
ResponderEliminarHoje passei para lhe fazer um convite de conhecer e, se desejar, acompanhar um espaço onde estou postando com mais amigos, pois o Infinito Particular não existe mais.
Aguardo uma visita sua que me deixará muito feliz, pois é um blog de excelente qualidade e bom gosto.
Abraços
http://refugio-origens.blogspot.com
Onde encontrar esse poema .lei direito autoral
ResponderEliminarOlá Fatima Gomes.
EliminarObrigada pelo seu comentário, no entanto, não vejo qual necessidade da chamada de atenção, pois o titulo e autor do poema, estão no cabeçalho e abaixo do poema.
Olá Fatima Gomes.
ResponderEliminarObrigada pelo seu comentário, no entanto, não vejo qual necessidade da chamada de atenção, pois o titulo e autor do poema, estão no cabeçalho e abaixo do poema.