INQUIETUDE Que julgas tu? Que pensas de ti mesmo, Se és átomo que segue para o nada? A vida é esta triste caminhada Que fazemos, em vão, sem norte, a esmo! Que pensas tu da vida, se o amanhã É tão incerto, como o próprio vento? Surja embora a ventura, num momento, Se apaga como a estrela da manhã! Tão pouco vale o mundo de paixões Que se geram de loucas fantasias... Tudo se esfuma e esvai, nos breves dias, A que se prendem nossas ilusões! Abre os teus braços, abre, e beija e abraça Os pobres que encontrares no caminho, Que ficarão mais ricos de carinho, Mais cheios de ventura, Amor e Graça!.... Vamos lutando pela vida fora... Abre os teus braços, abre e vem comigo, Fazer de cada Ser um novo amigo E dar a cada norte nova aurora. Estende as tuas mãos aos que, a teu lado Caminham, sem destino e sem esperança... Que o desespero, quanto mais avança, Mais agiganta a mágoa do passado! A vida é isto apenas. Tudo o mais Não passará de sonhos, de ilusões... Olha...
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