
Deixa-me acordar, sorrir, esbracejar
Em cada alvorada de sonos inquietos
Pensamentos lentos, lista de afectos
Tua voz sentir, acto de inventar
Desenho o teu corpo enquanto desperto
De suave tecido em mãos de ternura
Que beijo e rebeijo com tanta doçura
E amo e possuo como se estivesses perto
Que venham sóis, chuvas ou tormentas
Que toquem os sinos abordando rebates
Que caiam ferros, pedras, alicates
Que as bocas estejam secas e sedentas
Oh... como adoro o teu corpo de frescura
Razão das razões... toque de magia
Que invade o meu, deixando nostalgia
Saudade intensa, retrospectiva pura
Corpos colados, invasão das mentes
Selados em lençóis ou calmas areias
Torcendo, mexendo, como centopeias
Acabando molhados, sôfregos, ardentes
Adoro o teu corpo de sonho e desejo...
Suporte de um todo que vejo e revejo.
ÂNGELO GOMES
Publicado no Recanto das Letras em 03/09/2006
Código do texto: T232095
Um poema com muita doçura.
ResponderEliminarMas todos sabemos que é um poema. E a vida não é só poesia. é também tristezas e algumas alegrias. Uma forma de tentar equilibrar os momentos menos bons.
Fica bem.
e a felicidade por aí.
Lindo demais seu blog.
ResponderEliminarAdorei tudo o que li.
Se me permite, volto.
Linda noite pra ti.