Ser poeta é ser mais alto, é ser maior Do que os homens! Morder como quem beija! É ser mendigo e dar como quem seja Rei do Reino de Áquem e de Além Dor! É ter de mil desejos o esplendor E não saber sequer que se deseja! É ter cá dentro um astro que flameja, É ter garras e asas de condor! É ter fome, é ter sede de Infinito! Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim... É condensar o mundo num só grito! E é amar-te, assim, perdidamente... É seres alma, e sangue, e vida em mim E dizê-lo cantando a toda a gente!
Partilha de poemas ou textos que li e gostei
Oi Isabel, tudo bem?
ResponderEliminarNão conheço Salvatore Quasimodo, mas muito tocante suas palavras...
Vem a noite, para que saibamos admirar as estrelas... mas é sempre bom saber que depois da noite escura, sempre raia o sol!!
Abração e ótima noite!!!
Quando desceu a noite
ResponderEliminarAinda era dia naqueles olhos claros
Ela ainda pedia um pouco de jasmim
E deixar o cheiro com o pó das estrelas
Que dançavam na réstia da lua
Da luz da lua que banhava a viela.
Ela temia, como ela tremia!
Não cultivar flores na janela.
Quando viu que era dia
Desenhava no pó dos móveis
No suor da respiração no vidro
E dormia, como ela sorria!
Com a ponta dos dedos suja
Do pó, da terra das flores da janela.
Quando desceu a tardezinha
Uma última luz veio alva
Acordou seus olhos e as lágrimas
E todo o pó da sua alma!
Ela esperava a solidão noturna
Para dançar na réstia da lua rotunda
Embriagar com o cheiro doce das flores
E nas lágrimas salgadas, molhadas
Da garoa fina que cobria a viela.
Quando era noite era ela
A bailar a alma na solidão da janela!
(escrito por Lele Carabina)
Boa semana
abraços