*** AMOR SUPREMO ***
Amei o vento, em doida correria,
Por noites de medonha tempestade …
Amei …Amei a minha mocidade …
Escura noite, em vez de claro dia.
E quis manhãs alegres, radiosas,
Manhãs cheias de sol, cheias de luz;
E amei até a minha própria Cruz,
Feita de dor e lágrimas saudosas!
Amei o mar e a onda enraivecida
Que vai perder a sua própria vida,
Contra o rochedo velho, secular …
Amei enfim, a Natureza inteira …
Mas, das paixões é esta, esta a primeira,
Pois, como a ti, eu nunca soube amar!
José Maria Lopes de Araújo do livro de poemas “ Cinzas Quentes “